{ literatura na escola } #1 Literatura de Entretenimento?

Olá, pessoas lindas!
Hoje eu vim falar de um tema não muito explanado, mas vivido por quase 100% dos estudantes: Literatura na Escola. Quantos adolescentes você escuta se lamentando pelos cantos que a professora mandou ler um livro com mais de 300 páginas?! E quantos odeiam a ideia de ler, preferindo esperar sair o filme, já que “a história é a mesma”?
Com certeza você já ouviu algo do tipo, não é mesmo? Por isso o post de hoje será o primeiro de uma série com o tema.

(Antes de mais nada, gostaria de deixar claro que a minha opinião é baseada na maioria das escolas. Como toda regra tem a sua exceção, há escolas e professores que fazem um ótimo trabalho com literatura e são bem flexíveis quanto a isso. A estes... parabéns! Sua atitude é capaz de mudar o destino de uma criança.)


LITERATURA DE ENTRETENIMENTO???



A escola tem mania de separar a literatura “séria” da literatura “de entretenimento. Como assim?
Machado de Assis, José de Alencar, Camões e outros são aqueles que devem ser levados a sério, os clássicos, os preferidos das professoras. E aí lá vamos nós ler inúmeros contos, textos com palavras e expressões arcaicas, “vosmicê” e o caramba.

Não estou aqui fazendo apologia à extinção da literatura nacional clássica nas escolas, longe de mim. Mas acho SIM que o trabalho feito não é tão interessante. A gente tem que aprender as características de cada  período (romantismo, realismo, barro...) e fica tão preso à estrutura que não consegue curtir a história, viajar com os personagens, entender o que autor realmente quis dizer.

Mas já que temos que trabalhar com os clássicos, por que não fazer algo inovador? Lembro que no meu 1º ano do Ensino Médio tivemos que ler “O Auto da Compadecida” e a minha turma sugeriu fazer a peça. Separamos os papeis, as atribuições de cada um e apresentamos. Um espetáculo (modéstia à parte): todos participaram, ficaram empolgados, a professora adorou e as outras turmas ficaram com inveja elogiaram.
Foi tão legal que no ano seguinte pedimos bis, mas dessa vez foi com Dom Casmurro. E lá fomos nós adaptar um texto narrativo para dramático. O resultado também foi bem satisfatório.

Isso quer dizer que fazer dramatização vai sempre dar certo? Não!
O professor deve estar SEMPRE atento aos alunos, buscando descobrir suas vontades e procurando atrair a atenção. Se houver esse interesse por parte do educador, a turma responderá positivamente.

E uma pergunta que me consome: por que não usar os livros que os jovens realmente querem ler?
Qual o problema de trabalhar em sala de aula livros como Harry Potter, Crepúsculo, Diário de Um Banana...? Eles são menos literários que os outros? Afinal, o que é Literatura?
(vamos ter um post só pra falar sobre isso, ok?)

O que vocês pensam sobre isso? Conte sua história de escola!!!

E aguardem os próximos posts de Literatura na Escola. ;)

6 comentários

  1. Olá Giu!
    Sabe, acho que os professores deveriam abranger suas ideias e refletir de que o mundo evoluiu, e de que os clássicos já não nos envolves como envolviam jovens de antigamente! Eu tive que ler José de Alencar no 2° bimestre. Foi uma coisa nova, nada divertido, mas interessante! Conheci novos livros, uma literatura nova, mas isso se torna cansativo demais, se é que me entende!
    Eu queria que os professores tentassem dar as aulas para OS ALUNOS e não cumprir um cronograma mandado pelo governo do estado!
    Pois quem estará aprendendo somos nós. Quero que eles ajude quem não gosta de ler se envolver com a leitura e fazer disso um hábito! Muitos professores mandam nós lermos livros que ELES acham interessante, livros que ELES gostaram! Sendo que, quem está aprendendo somos NÓS ALUNOS! Acho que vale bem eles refletirem sobre isso!!!

    Beijos, Lucas
    ESCONDIDOS NO LIVRO!

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  2. Oi Flor... Tem selinho lá no blog para você, espero que goste.
    Beijoos
    http://estantevirtual-silva.blogspot.com.br/2012/07/novidades-editora-jangada-e-selinhos.html

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  3. Eu detestava ler os livros que os professores indicavam na escola. Tanto que só comecei a pegar o gosto pela leitura em 2008, quando ganhei "A Cabana", adorei e vi que a literatura poderia ser algo prazeroso e não maçante. Concordo que pode ser discutido nas escolas outros livros que não sejam só clássicos. Achei muito legal a ideia de fazer uma peça com a história; isso motiva mais os alunos a lerem e interpretarem o livro. Assim também conhecem a fundo o estilo do período da época. Adorei o post, super válido.
    Beijos e uma ótima semana.

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  4. Eu sempre detestei ler esses clássicos forçados pelos professores. Sempre achei isso de "forçar a leitura" uma maneira horrível de se ensinar. :/
    Mas sua turma encontrou um caminho: fazer uma peça! Por que não? É divertido e podemos trabalhar o livro. Achei demais!

    Um beijo,
    Luara - Estante Vertical

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  5. Nunca gostei muito dessas de sermos "obrigados" a ler os "clássicos". Ok, alguns são bem legais, mas não custaria nada dar uma modernizada nos livros, não?
    E acho que fazer uma peça com o livro é MUITO legal. Adorava quando fazíamos isso na minha escola, porque você realmente entende a estória.

    Beijos, Carol
    Thousand Worlds

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  6. Oi, Giu, adorei o post e concordo com muito do que você disse. A minha paixão por leitura surgiu quando eu era bem pequena ainda, com quadrinhos da Mônica. Então, felizmente, os clássicos da escola nunca me influenciaram de forma negativa a ponto de eu não gostar mais de ler, já que eu sabia que tinham vários livros que eu já gostava.
    Mas acredito sim em um equilibrio. Acho que os clássicos devem permanecer na parte de literatura obrigatória, mas talvez outros livros mais jovens devam ser sugeridos também. E, além disso, os clássicos poderiam ser melhor trabalhados. Tenho muitos amigos que hoje não gostam de ler por terem sido tão forçados a ler livros coisas que não os interessava. Li alguns livros que AMEI na escola, como O Cortiço, Dom Quixote e O Auto da Compadecida. Infelizmente, na minha prova sobre Dom Quixote deveríamos falar o número do capítulo de alguns acontecimentos. Cadê a discussão sobre a obra? Não teve. Depois disso, as coisas mudaram e até peça do Auto da Compadecida fizemos, como você. Achei essa ideia excelente =) Sem dúvidas, esse foi um dos poucos livros que todos realmente leram em vez de buscar resumos.
    Enfim, meu comentário ficou meio grandinho, mas é porque acho esse tema muito interessante. Nem sempre uma prova sobre um livro é a melhor maneira de avaliar se um aluno leu ou não. Então acho que além da sugestão de livros jovens, também deve haver um trabalho mais interessante dos clássicos, como você sugeriu.
    Bom, acho que é "só" isso hahahah Vou aguardar seus próximos posts sobre o tema.
    beijos
    Julia, Três Lápis

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